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Arquitetos: Batlleiroig
- Área: 4138 m²
- Ano: 2022
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Fotografias:Oriol Gómez
Descrição enviada pela equipe de projeto. Com uma forte aposta na inovação, o edifício apresenta uma fachada em madeira carbonizada que segue o método Shou Sugi Ban. Esta técnica tradicional japonesa consiste em queimar a camada exterior da madeira, criando uma fachada única e atrativa com boas propriedades. A aplicação de uma queima controlada da madeira garante uma excelente proteção ignífuga da fachada, bem como a sua proteção contra a umidade, radiação solar e ataque de insetos.
Graças a esta escolha, a fachada do edifício é resolvida com um sistema natural altamente durável e de baixíssima manutenção. Uma técnica milenar adaptada às rigorosas exigências atuais de forma inovadora. Em termos de sustentabilidade, a utilização de madeira representa uma redução substancial da pegada de carbono do edifício, compromisso que a equipe assume em cada projeto. Cada m3 de madeira utilizada armazena aproximadamente 1 tonelada de CO2. Este fato, aliado a outras medidas que reduzem o gasto energética do edifício, permitiram ao projeto obter a certificação de sustentabilidade LEED Gold.
Esta decisão de fachada influencia também o conforto dos seus usuários, uma vez que confere bem-estar e aconchego aos espaços exteriores do edifício. A disposição dos terraços em cada pavimento intensifica a relação entre os escritórios e os ambientes externos, caracterizados pelo aconchego da madeira e pela presença da vegetação.
Um dos principais requisitos desde o início do projeto foi alcançar a máxima eficiência energética possível. Para isso, opta-se por um desenho lógico, permitindo que todas as premissas de sustentabilidade sejam integradas e a coordenação entre todas as disciplinas seja trabalhada ao máximo para este fim. Desde as primeiras fases do projeto foram estabelecidas estratégias passivas que reduzem a demanda energética do edifício.
A fachada, por exemplo, brinca com as projeções dos pavimentos, proporcionando proteção contra a radiação solar e reduzindo a demanda de energia. Com o mesmo objetivo, estudou-se a porcentagem ideal entre o aproveitamento da iluminação natural e o controle da radiação solar, ou seja, entre o conforto dos usuários e a eficiência energética do edifício.
Todos os elementos da cobertura são projetados em branco para evitar que seus materiais absorvam e armazenem energia térmica. A ventilação natural também é favorecida graças a um sistema inteligente que, por meio de sensores, abre janelas na fachada para aproveitar a circulação cruzada e o condicionamento mecânico.
Este edifício foi alvo de um estudo de medidas de eficiência energética que permitiu reduzir o consumo líquido de energia primária para 23,9 kWh/m² por ano. Este valor é inferior às normas regulamentadas pela Passivhaus e às recomendações da diretiva EPBD, que coloca o edifício na classificação nZEB. Por sua vez, é quatro vezes inferior ao valor normativo exigido pelo Código Técnico da Construção na Espanha. A fachada de madeira carbonizada de vanguarda e o grande número de inovações voltadas para a eficiência e mobilidade sustentável do edifício fazem dos escritórios Entegra uma referência em 22@. Um edifício único projetado para agregar valor às empresas que nele se estabelecem.